Delta Sagrado – Hudson Alexandre Rodrigues
Bebo água
roubada de tua rosa,
Perdido na
volúpia de teu delta sagrado.
O néctar
do teu corpo de mel e sal
Me
embriaga, entorpece os sentidos,
Me leva
para mundos desconhecidos da razão.
Paixão
vassala que assola minha terra em juízo.
Encontro
do sagrado e do profano.
Do incauto
e do insano.
Depois a
calmaria inconsciente do gozo,
A paz
imerecida que só é possível
No deleite
inculpe da culpa imposta pela consciência.
Há na
umidade do meu sonho
A tua
imagem nua entregue ao acaso do meu desejo.
Há um
beijo quente que aquece minha língua fria,
Nas águas
quentes de sua libido.
Há um
lugar de mistério há ser desvendado,
Um ponto
secreto a ser encontrado
Entre as
matas de tuas colunas ansiosas por espasmos
Que te
levam ao paraíso
Enquanto
eu vivo o tormento
De não
beber novamente a água de tua rosa
Que viceja
no delta escondido dos meus olhos.
Há o
encanto na maciez de tua tez
Como a
pura seda que veste as cortesãs
Nas manhãs
de meus devaneios.
Há um
santo corrompido em mim..