A
Volta da Lua Rosa - Leh Rodrigues
E a lua rosa estava lá no céu claro às 7:00 da manhã,
Reavivando meus sentidos,
E meu desejo de viver languidamente esse dia.
Eu via um céu azul
No meu pensamento nu,
Exposto, escancarado.
Novamente estou na mesma cena,
Vendo as mesmas pessoas
Que nunca vi,
Como num sonho ou um dejavu.
Parece que estou debruçado
Na janela da vida,
Vendo a vida passar
Vendo secar a seiva da minha carne.
Essa lua vai me matando aos poucos
Com sua canção plangente,
E eu doente de amor,
Carente das mãos suaves da compaixão
Esse céu não se abre para mim,
Nem me dá o roteiro
Do que eu sou por inteiro.
Há um lado escuro,
Assim como é escura a costa dessa lua.
Não há em mim um mar de tranquilidade,
Apenas lacunas, crateras e vaidades
Quisera entender a sua luz rosa,
Que reflete em meus olhos,
Fonte de minhas ilusões
E porta de tantas obsessões vis.
Aos poucos ela dará lugar ao sol,
Que aos poucos irá secar sua cor,
Com a luz incandescente do zênite,
Que não mente,
E que fará renascer o ânimo de algum ser
Que desistiu de ver raiar mais um dia...
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