Lua Rosa - Leh Rodrigues
Uma luz
vem em minha direção.
É como uma
vela bruxuleante de incerteza.
São oito
da manhã, é fim de primavera,
A lua
ainda impunha sua presença,
Com o tom
rosado pelo toque da luz do sol.
Em meio a
todo aquele azul,
Eu vi o
amor resistindo, vindo do céu.
De repente
uma nuvem, como um véu de algodão,
Impediu-me
de participar da cena,
E eu
fiquei com o olhar parado,
Vencido
pela sombra daquela nuvem,
Enciumada
do meu olhar admirado,
Para
aquela lua diurna e tão soturna.
Era só um
dia comum de outubro,
Era eu
alguém comum,
Numa rua
comum, numa praça qualquer.
Mas ela, a
lua, era especial, imponente,
Não
importava se era dia, se tinha sol,
Se havia
luz ofuscando seu cristal.
Eu estava
lá,
Testemunhando
sua aparição singela e bela.
Parecia
que somente eu a via,
E ela se
exibia apenas para mim,
Alguém
comum,
Numa rua
comum, num dia qualquer,
Numa praça
qualquer,
Como uma
discreta mulher.
Eu, a vida
e aquela lua rosa,
Era tudo o
que importava naquele momento.
Até que a
ilusão arrebatou de mim
Aquela
doce visão...
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