Leh Rodrigues

terça-feira, 14 de março de 2017

A Jornada de Jacó - Leh Rodrigues


                                             A Jornada de Jacó  -  Leh Rodrigues  



No ventre de Rebeca
Há uma predestinada nação
Aflitiva é a notícia
Do conflito de irmão

Ao nascer este menino
Ocorre algo de se estranhar
Saiu após o vermelho
Segurando-o pelo calcanhar

Cresceu o infante inocente
Em ardente e materno amor
Tornou-se homem inculpe
Agradou seu Criador

Negociou com o caçador
O seu caldo suculento
Comprou a herança sagrada
Alcançada com intento

Chegou o devido tempo
De a benção receber
Conduziu seu cego pai
Que lhe deu sem o saber

A primogenitura e uma promessa
Nessa vida se cumprirá
Um futuro em glória
Nem a escória impedirá

Fugiu de seu lar
Longe da fúria e do rancor
Na busca de sua vida
Encontrará o seu amor

A caminho de seu destino
Parou para pernoitar
E num sonho maravilhoso
O céu foi avistar

Uma escada interjacente
Entes em passarela angelical
A benção paterna é lembrada
Na promessa celestial

Será sua essa terra
Não antes de beber o fel
Por ora este solo sagrado
Será chamado de Betel

Viagem longa, corpo cansado
Ávido espírito, mente sã
Estranho numa terra
Denominada Harã

Junto a um poço
Nas regiões orientais
O encontro com a mulher
Que não esquecerá jamais

A bela silhueta
Da moça com o véu
Encantadora, idílica
Linda flor, era Raquel

Esqueceu o cansaço
Ao ver a filha de Labão
Rolou do poço a enorme pedra
Com a força do coração

No rosto, o beijo inocente
Que o fez se apaixonar
Fez daquela casa, daquela gente
Sua gente, seu novo lar

Em um mar de emoções
Viveu como uma ilha
Sentiu-se ludibriado
No seio dessa família

Naquele tempo difícil
Chegou sem ter nada
Quatorze anos de trabalho
Casou-se com sua amada

Jeová é Deus de verdade
De sua promessa tinha ciência
Tornou fértil o estrangeiro
Dando-lhe a sua descendência

Trabalhou duro, com afinco
Impressionante sua destreza
Aprovado por seu Deus
Aumentou sua riqueza

Recebeu a ordem divina
‘Volta para teus pais’
E para este país
Não voltou nunca mais

Deixou p’ra trás o sírio
Avançou com muito afã
Seguiu a longa jornada
O caminho de volta à Canaã

Sob a proteção das estrelas
Com Edom foi se encontrar
A cisma do vermelho
O presente vai aplacar

Engalfinhou-se com um anjo
No lugar de Peniel
Com a coxa deslocada
O nome agora é Israel

Tragédias em sua vida
Antes de Betel, em Siquém
Tristeza, uma dor profunda
Seu amor sepultado em Belém

Foi para Hébron
Onde o consolo se esvai
Enterrou na sua angústia
Seu amado e idoso pai

Tribulação entre os doze filhos
Como se havia predito
Sofrimento e desespero
O conduziram ao Egito

Distante de sua promessa
Nas mãos de um Faraó
Adormece o precioso
O contencioso Jacó

Foi enterrado em Canaã
A terra que mana leite e mel
Ali residirão seus filhos
Sua vasta prole Israel

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